quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Minha amada zona de conforto

Existem coisas sem as quais não podemos viver. E se tem uma coisa que é essencial pra vida humana é a tal zona de conforto. Não é que essa seja uma necessidade básica de sobrevivência... A questão é que a gente transforma o comodismo nisso: uma parte de nós.


Por causa do nosso conforto, da nossa zona de conforto, o ser humano criou, por exemplo, o controle remoto, a escada rolante, o fast food. Tudo pra facilitar, pra agilizar, economizar tempo, encurtar distâncias, pra ser mais fácil, mais confortável, mais... Cômodo.


Só que é difícil quebrar essa sina, afinal, é ruim demais mudar, inovar, interromper maus hábitos. Dificilmente nossa zona de conforto nos proporciona bons resultados. E ela fala muito alto, ela tem poder sobre nós, é quase um vício.

É por causa dela que é mais fácil termos relacionamentos meteóricos, sem a responsabilidade dos relacionamentos sérios, duradouros. Até porque, o compromisso e a responsabilidade nos forçam a romper a zona de conforto. É preciso ser, é preciso oferecer.

Sermos ignorantes, nos embasarmos em nada para falarmos sobre tudo, também faz parte dessa ‘mania’ que temos de privilegiar o status quo.

O aumento no número de pessoas obesas, com doenças cardiovasculares ou com depressão, também. Mantermos as coisas como são não nos mantêm como somos. Nos pioram. Dar o primeiro passo rumo à mudança parece missão quase impossível...

“Mas comi carne a vida toda e, além disso, esse hábito faz parte da nossa cultura, é uma questão de saúde por causa das proteínas e tudo mais... Ser vegetariano não faz sentido. Pra quê? Isso é coisa de fanático!”

“Olha... O que importa é acreditar em Deus, acreditar numa força superior, num regente do cosmos, dos poderes intergalácticos... Pesquisar, estudar, buscar incansavelmente por verdades ou conhecimentos na Bíblia é pra deslumbrados, religiosos obcecados. Não faz sentido acreditar tão profundamente assim na Bíblia. É um livro velho!”

Ok. Então vai lá, pessoa acomodada. Seja feliz na sua zona de conforto. E, no fim da vida, faça bom proveito da tumba onde você estará bem acomodado por anos e anos.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

No mínimo, mais que um

Senti aquela inquietação, aquela ‘coceirinha’ de vontade de escrever que só quem se alimenta de palavras sente. É claro que nem sempre as palavras acompanham a velocidade do coração. Nem toda ansiedade de escrever pode ser suprida no dedilhar das teclas. Nem todo sufocamento pode ser aliviado com o abrir do coração.

Mesmo assim, resolvi falar de solidão. E já que as palavras não curam meu problema, ao menos me fazem companhia. Por isso, preciso falar da necessidade de afeto, da importância do sorriso, da preciosidade da amizade. Não fomos feitos para sermos só.

Namorado, marido, amigo, irmão: nascemos para termos um codinome, apesar de odiarmos rótulos. Porque, nesse caso, ser namorado, marido, amigo ou irmão não é bem um rótulo, é ser pedaço do coração de alguém. Até porque, pense bem! Estar acompanhado é não estar só, até mesmo no caso de quem está mal acompanhado. Vinícius de Moraes já dizia que “mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão”... Entende por que tantas pessoas não conseguem largar uma má companhia?

Mas o fato é que eu falava, em outras palavras, que fomos feitos mesmo para sermos grupo. Quem é só, é pó. É grão, é fagulha, é areia, centelha, miudeza. E fomos feitos para a grandeza. Para o amor, para o afeto, para a companhia, para o agrado, para o abraço. Afinal, não se pode abraçar só: é preciso ser dois ou, no mínimo, mais que um.


domingo, 12 de maio de 2013

Um poeminha pra mamãe

Quando pequena, minha mãe me deu um caderno super fofo pra que eu enchesse com meus poemas. Eu amava escrever poemas...

Hoje, Dia das Mães, faço uma pequena homenagem praquela que faz meus dias valerem a pena.

Como pode três letrinhas causar tanto amor e emoção?
 Não sei porque comovem tanto, mas me enchem o coração

 É claro que falo da MÃE, aquele ser amoroso e leal

 Não sei o que você acha da sua, mas a minha é genial!

 Minha mamãe querida, preste atenção nas minhas palavras

O que digo é de coração, verdadeiro e veio direto da alma

De todos os amores do mundo, o por você é mais bonito

É você que sempre me ouve, me ama e tem paciência comigo

Por isso, neste dia, quero a você dedicar

Meus mais lindos versinhos que com suor consegui rascunhar

Agora, meu querido leitor, te peço com muito carinho

Seja gentil e cortês, e não ria dos meus versinhos!

 Feliz Dia das Mães! :)


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Confusão

Vivemos na sociedade da pluralidade, da divergência, do diferente, do incomum, do novo e, lógico, dela - a confusão. Vivemos em uma sociedade confusa. Pessoas confusas, opiniões confusas, ideologias, vontades, verdades, crenças confusas.

Nossos ‘crentes’ estão confusos, nossos religiosos, nossos jovens, a igreja, que somos nós, nossos irmãos. Muito confusos. Aceita-se isso, mas reprime-se aquilo que é muito parecido com isso. 

Sinceramente? Não sei se você está me entendendo. Mas você há de concordar que valores, vontades, verdades e crenças estão confusas, estão misturadas e estão infiltrando, minando a verdade. A única verdade. Porque ela existe, aaaaah, ela existe! Não é pra falar bonito que Ele disse “Eu Sou o caminho, a VERDADE, e a vida.” Afinal, Ele não gosta de confusão. Ele é o Senhor da DECISÃO.

domingo, 7 de abril de 2013

Nesse Dia do Jornalista, escrevo

Hoje é Dia do Jornalista e claro que, em homenagem, centenas de textos foram escritos. Mas decidi não falar sobre o que é ser jornalista. Isso é complexo demais, profundo e intenso demais, não quero encurralar em palavras. Quero libertar. E, para libertar, falo sobre esse ato de unir papel e caneta, unir dedos e teclado, juntar o preto no branco.

Escrever é transpirar amor. Não se escreve bem quando não há alma. Afinal, a escrita que toca é aquela cujo próprio coração lapida as palavras. Mas não se escreve somente poesia... Escreve-se a morte, a dor e a tristeza também. Escrevo.

Escrevo a vida, a rotina, a confusão e a certeza. Escrevo para entender, para amadurecer, não somente a mente, mas o coração. Amadurecer ideias, amadurecer sentimentos. Escrevo para falar de esperança e expor a emoção. Quem escreve, não raro tem a sensação de que, se não escrever, nunca vai encaixar a situação.

Escrevo para viver. Escrevemos para aprender. Escrevo para desabafar e quase morro quando limitam, censuram meu rascunhar. E se me perguntarem porque escolhi o jornalismo, a resposta é simples: porque escrever é a forma mais fácil de amar. ♥


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ser diferente, mas nem tanto

“Pastores” incoerentes, cheios de más intenções, que enganam e, literalmente, roubam os “fiéis”, estragam aquilo que há de bom na religião. Estou cansada de ver pessoas relacionando maus cristãos a Jesus - o Mestre do amor, o Cristo da compaixão e do respeito. Me dá nos nervos ver gente achando que todo “evangélico” é igual, que todas as igrejas são santuários da enganação e que todo cristão é trouxa. Mas como lutar contra isso numa sociedade onde ser diferente é ser normal, desde que não seja alguém tão diferente como é um crente?

Me machuca ver que é quase impossível um cristão falar sobre homoafetividade sem parecer preconceituoso, enquanto as religiões são todas consideradas farinha do mesmo saco. Por favor, me entenda: não estou julgando o nível de mérito de religiosos e gays, como se religiosos fossem mais vítimas que homoafetivos. Não é isso. Até porque, se colocarmos na balança, conheço gays que são muito mais éticos e decentes que muita gente que se diz religiosa.

Entretanto, me dói profundamente ver que centenas e mais centenas de pessoas deixam de viver um relacionamento racional, sincero e coerente com Deus porque não veem um Deus racional, sincero e coerente na vida dos cristãos que elas conhecem.

E, em meio a tudo isso, não há como fugir da realidade: foi na modernidade que a Igreja caiu em descrédito e, de lá pra cá, crenças, princípios e valores fazem cada vez menos sentido. Não faz sentido pertencer a uma religião, é insano cultuar o Deus real, o Deus da Bíblia. E, hoje, ao observar a sociedade na qual vivemos, percebo que há fartura de gente espiritualizada, mas poucas pessoas dispostas a ter uma vida verdadeiramente relacional.


"Que os homens aprendam pelo menos qual a fé que rejeitam antes de rejeitá-la.” [Blaise Pascal, físico, matemático e filósofo do século XVII.]